quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Carta ao Amor...


S
empre achei que devia amar uma pessoa só... Que Eu te amo não poderia ser gastado com quem eu não tivesse certeza de que era de verdade o meu verdadeiro amor... e sempre me culpei por desperdiça-lo com meus ex-namorados e ex-amores... E que amor só estava relacionado a romance, namoro, casamento...
Comecei a mudar meu pensamento de uns tempos para cá e depois de ler Gabito Nunes comprovei que podemos amar várias pessoas e de maneira diferente... cheguei a uma conclusão: amar é o mesmo que preparar um delicioso prato na cozinha... o amor é o ingrediente principal e os demais sentimentos são os temperos que irão fazer com que ele fique mais apetitoso...
Hoje consigo distinguir muito bem a distancia que existe entre o amor que tenho por aquele meu “melhor amigo” que mora longe e que enche meu coração de saudade quando vem até Montes Claros e não me visita e só se desculpa pelo facebook.  Por aquele ex-namorado que virou Doutor, mas que não esqueço que mesmo terminados eu liguei, a cobrar, para a casa dele e avisei que ele tinha passado no vestibular (isso 10 anos atrás) ou o amor que sinto hoje bater no meu peito pelo homem que desejo ter ao meu lado e que tenho que amar somente como meu amigo...
O amor tem que fazer parte das nossas vidas, temos que deixar de achar que estamos errando quando o ato de amar é comum nos nossos relacionamentos, seja Pai, Mãe, Filhos, Irmãos, Tios e Tias, Primos, Avós, Amigos, Parceiros e até os Ex... Eu sempre aprendi que devemos amar ao próximo como a si mesmo. Então, quanto mais amor temos para dar mais mostramos o quanto nos amamos...
Eu estou aprendendo a temperar minha maneira de amar de acordo com o ser amado... tá certo que existem pratos que o tempero será mais sem graça, mas não deixará de ser amor...
Seja adepto ao E.T.A... diga EU TE AMO quando seu coração pedir, isso é ele te mostrando que você precisa se amar também... Olhe no espelho e não se ache estranho, procure o brilho nos seus olhos e diga para você mesmo com sabor de amor... EU TE AMO... EU ME AMO...
Amo vocês!!!
Simplesmente EU....

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Começando pelo "não"

M
eu medo maior sempre foi o de ouvir um “não”. Acho que é por isso que sempre tenho dificuldades em dizer essa palavrinha às pessoas... Ai, já viu!!! Roberta esquecendo de si para cuidar dos outros e depois sofrer porque eles nem se quer despedem antes de sumir... faço sempre tudo com muito amor e  carinho, mas comecei a pensar sério: “ será que as pessoas tem algum sentimento por mim que me faça fazer parte da vida delas, a não ser aquele de me procurarem quando precisam de algo? Já descobri que amigos são as circunstancias que fazem, afinal se precisam de você são seus melhores amigos... é a hipocrisia... sei que a palavra é forte e até eu me surpreendo colocando-a aqui, mas essa e a realidade... Não me absorvo dessa condição também, mas a diferença é que me canso de buscar notícias da pessoas e não deixo de ser grata àqueles que me estenderam a mão... Sei que estou em falta com algumas pessoas e não vou aqui apresentar desculpas fajutas para minha atitude...
Mas voltando ao “não”, ouço sempre de Gate (minha amiga) que o “não” eu já tenho, e não vou perder nada só ganhar... mas no caso desse não as consequências poderão ser piores para o meu coração... ela sabe o por quê. Bem se eu parar para pensar o “não” sempre vem antes de um sim... mas o difícil para mim é ser Mulher o suficiente para dar a cara para bater e saber se vou ouvir esse sim... É amiga nessa questão ai... acho que vou esperar para ver...
No entanto a força da palavra dita é que me assusta... para mim ouvir um “não”, principalmente vindo que quem a minha estima é tão grande que torna-se um pesadelo maior ainda... Li um artigo da Cris Guerra que dizia que  “Deveríamos ter à mão, nos bolsos ou na bolsa, muitos tabletes de ‘sins’. Não só para sair distribuindo por aí, como balas para crianças, mas pra chupar como pastilha, remedinho homeopático, doce e inofensivo”. Eu, na verdade preciso desfazer do meu estoque de “sins”, acho que eles já estão com prazo de validade vencida, e guardar uns novos para quem realmente merece minha atenção e carinho...
E acreditem a lista diminuiu muito... e alguns que eu tinha como aqueles de topo foram substituidos, por pessoas que espero não me decepcionarem e venham a desaparecer sem dizer adeus...  as pessoas não devem se assustar se eu não me apresentar tão solicita daqui para frente... quem realmente merecer terá meus “sins” sempre que precisar...

Abreijos àqueles amigos de verdade!!! Vocês sempre poderão contar comigo... 
 Semplesmente Betha

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sonhos de menina... desejo de mulher!

Que garotinha quando tinha lá seus 5 anos não calçou os sapatos vermelhos de salto alto da mãe e saiu pela casa se achando uma linda mulher?... os sapatos podem até não ser vermelhos, mas que isso aconteceu com praticamente toda menina, ah isso sim.
Existe aquele período que tudo é contos de fadas... sonhamos encontrar um príncipe encantado que virá num cavalo branco te resgatar na torre da bruxa malvada... Toda menina deseja viver seu momento de princesa, o meu seria quando eu fizesse 15 anos... bem, tive todo o direito de sonhar com um baile mágico, vestido de bolo, sapatinho de cristal, deixar de ser menina, trocar a boneca por um batom vermelho e saltos altos... irônico que troquei mesmo a boneca por uma bonequinha viva... que dependeria de mim para tudo, mas sem a festa mágica... as minhas fantasias deixaram de ser importantes nesse momento...
Bom, mas como eu sou Roberta e vivo no meu mundo mágico... uma filha não me impediria de sonhar... tá certo que o príncipe não foi encantado, mas eu vivi momentos de felicidade... e o sonho de menina passou a ser desejo de mulher... mas que mulher!? Eu estava na adolescência e já queria ser responsável por um lar!... sonhei, mas como no meu sonho de princesa vi o castelo desmoronar... e cadê a mulher... me deparei com uma menina frágil que deveria mostrar aos outros que era forte e capaz de seguir sem nenhum arranhão. No entanto por dentro tudo sangrava... olhei para mim e me vi sozinha e com  minha filha pequena... foi quando decidi ser exemplo de esforço e mostrar para aqueles que não acreditavam em mim, e me achavam a coitadinha, que eu seria uma mulher de garra e capaz de vencer...
Minha batalha interna era mais dura... os inimigos faziam parte de mim... a luta às vezes era dolorosa... eu tinha que mostrar para mim mesma que por mais difíceis que fossem os desafios e preconceitos[que foram muitos] eu sempre teria uma forma de superá-los, era só eu procurar dentro de mim...
Posso hoje dizer que eu conquistei... fiz faculdade, sou “pãe” das minhas filhas, trabalho... mas não sou nem por baixo aquela mulher que sonhei... aquela que eu brincava ser quando calçava o sapato vermelho da minha mãe, ou aquele que achei que seria quando peguei minha filha no colo aos 16 anos, ou a que imaginei que seria assim que recebesse o canudo na minha outorga de grau... até mesmo aquela mulher que a princesa se tornaria quando chegasse seu príncipe... talvez esteja ai a resposta... afinal os sapatos vermelhos nunca foram meus, a filha não é minha, é do mundo... o canudo é só um símbolo e o príncipe nunca existiu...
Então eu pergunto? Será que um dia conseguirei me sentir uma mulher de verdade? É, acho que vou comprar um sapato vermelho, colocar meu diploma na parede, deixar minha filha viver seus sonhos e orientá-la para a vida... e deixar de sonhar com o cavalo branco, e quem sabe passar a esperar por um príncipe da geração Y, que venha com o cabelo bagunçado, barba por fazer e apareça no volante de um carro preto... afinal estamos em outros tempos...
Abreijos!!!
Simplesmente eu